sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Uma vida desmoronada

e sem prazo nenhum para reconstrução.

Hoje tive um terremoto, faltou-me o chão, e nada pude fazer, além de esconder-me dentro de mim, no meio de tantas lágrimas. Queria cair, me esconder num lugar mais profundo que houvesse, não me deixaram.
Vieste na memória, e lembrei-me de que se tivesses me visto, irias me segurar, me por ao colo, e me embalar com canções até me adormeceres. Não cai, encontrei forças infinitas e do além, consegui me segurar, mantive-me em pé, respirei fundo, e só agradeci por me aliviares uma dor que tu contribuíste para existir.
Pensei que após quase um ano, depois de meses a tentar guardar-te apenas dentro do coração... A memória traiu-me, vieste ao de cima, logo hoje quando já estava tão frágil desde logo cedo, desde que o sol nasceu. Vieste tu embaraçar minha noite, tirar meu sono e trazer-me tanta dor para dentro do coração.
Hoje, tive a certeza, compreendi mais do que os outros dias todos, que nunca foste um cobarde, nunca tiveste medo da vida, nem tão pouco do futuro que te esperava, nunca quiseste trazer-me dor... Nunca...
Tu nunca foste cobarde, apenas amas-te muito, me amas-te GRANDE, sem dimensões. E tudo sem controle é perigo, é corda, é um fim.
Hoje, descobri que não te culpo, descobri que nunca vou conseguir o fazer. Hoje descobri que por amor a mim foste embora sem olhar pra trás, sem pensar nos ontem's, nas árvores que marcamos nossos nomes, nos acampamentos que fomos, dos elogios que tivemos, das risadas que demos, dos bons e maravilhosos momentos que passamos.
Hoje, e nunca mais te irei culpar.

ADMIRO-TE, porque foste corajoso, somente não pensaste. Tiveste a cabeça cheia, teu defeito. Me culpo, porque eu que não soube ajudar-te, Por que, pergunto-me mil vezes por dia, por que eu não estava tão perto para sentir a tua dor, para evitar tantas coisas...
É a vida, e onde quer que estiveres, eu sei que brilhas por mim. Nunca sairás de mim, porque tens lugares fundamentais dentro de mim. Brilhas tanto, que tas representado em todas as minhas estrelas, porque uma era suficiente para mostrar teu brilho em mim.
Se hoje consigo rir, é graças a ti, se hoje tenho saudade e por tua causa, se hoje sei o que é, aquelas todas experiências, é porque viveste em minha vida, se hoje lembro-te de ti, em coisas como: setas, Beirões, wisk's, bares, carrinhas, estrelas e tantas outras coisas, é graças a ti. Se eu tenho memória, é graças a ti!

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